quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Arrependimento: Tristeza segundo Deus


A apóstolo Paulo nos ensina que o Arrependimento é para Deus tristeza. Mas por que nossa humilhação representra a 'tristeza' para nosso Deus?
II Co 7.10:"Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento, para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte."

Para início de conversa estava ontem orando no monte, e pediram para que eu intercedesse por uma jovem que estava querendo suicidar-se, ou seja, um espírito da morte estava ao seu redor tentando traga-la, ou conseguir a sua alma. Logo me falaram que ela era nova convertida, então estava em processo de libertação. "Tudo bem", disse eu. Intercedi, mas fiquei me perguntando o 'por quê' disso tudo.
"Será que ela verdadeiramente já se arrependeu?; Aquele que confessa e deixa alcança misericórdia?; A tristeza opera arrependimento para a salvação ou para a morte?"
Ultimamente nas igrejas e até mesmo onde frequento, observo que o apelo ou confissão tem sido dferente, uma liturgia totalmente anti bíblica. Chamam as pessoas à frente, e fazem uma oração, mas onde fica a confissão? Onde fica o arrependimento?
Quando uma pessoa está aceitando a Cristo, ela precisa reconhecer seus erros, ficar triste por seus atos e arrepender-se para herdar a salvação em não praticar mais as obras deste mundo. Mas como conseguirão o arrependimento se nem se comovem com uma oração? (Lc 5.32)
Arrependimento: é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6.6 - 1 Sm 15.11, etc. - e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8.1 - 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55.7 - Jr 3.12 a 14 - Ez 14.6 - Jl 2.12,13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12.11 - 1 Sm 15.24 a 31 - 2 Sm 12.13 - 1 Rs 21.27 a 29 - 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21.30), e é usada em relação a Judas (Mt 27.3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4.17, etc.), na dos Apóstolos (At 2.38 - 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2.4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).
Se observarmos o que Lucas nos diz em seu capítulo 15 no verso 7: Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
O que adianta ter tantos "justos" dentro da igreja e 10 almas se converterem a Cristo sem arrependimento?
Precisamos rever os conceitos bíblicos e seus valores. Corm o passar do tempo estamos vivendo ou congregando em igrejas totalmente contrárias as doutrinas da palavra, ainda bem que a salvação é individual, façamos a nossa parte de vamos rever o que está contrário na nossa vida para vivermos um evangelho digno de arrependimento e humilhação diante do Senhor. Não esqueçamos que um coração arrependido e quebrantado Deus jamais deprezará. Bem-aventurados são aqueles que se arrependem e deixam, pois alcançam misericórdia ou perdão da parte do Senhor.
"Depois das considerações sobre a fé, é necessário falar subsequentemente sobre o
arrependimento, visto que este não somente é parte integrante da fé, mas também é gerado
por esta. Porque, assim como a graça e a remissão dos pecados são apresentadas ao
pecador pela pregação do evangelho para que, sendo libertado da miserável servidão do
pecado e da morte, seja transferido para o reino de Deus, segue-se que ninguém pode
receber a graça do evangelho pela fé, sem que volte atrás em sua vida extraviada, tome o
caminho reto e se dedique com todo o empenho a refletir no verdadeiro arrependimento.
1. O que vem antes?
Os que julgam que o arrependimento precede à fé, e não que dela procede, são movidos a
isso por uma razão muito superficial. Cristo, dizem eles, e João Batistas, em seus sermões,
exorta primeiro ao arrependimento e depois dizem que o reino de Deus está próximo. Essa
instrução, dizem eles, é baixada aos apóstolos, e essa ordem de fatores é seguida pelo
apóstolo Paulo, nos termos em que é citado pelo evangelista Lucas. Mas eles ficam
supersticiosamente presos à ordem das sílabas; não levam em conta o propósito das
sentenças e como são colocadas juntas. Porque, quando Jesus Cristo e João batista fazem
esta exortação, “Arrependi-vos, porque está próximo o reino dos céus”, não deduziram
que a causa do arrependimento está no fato de que Jesus Cristo nos oferece graça e
salvação? Por isso, aquelas palavras valem como se eles tivessem dito: “Visto que o reino
dos céus está próximo, arrependei-vos”. O próprio apóstolo Mateus, tendo citado essa
pregação de João Batista, registra que com ela se cumpriu a profecia de Isaías [Mt 3.2,3]
referente à “Voz do que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor; endireitai no
ermo vereda a nosso Deus’.”[Is 40.3] Ora, a ordem do profeta é que a voz deveria começar
por consolações e por notícia alegre. Não obstante, quando dizemos que a origem do
arrependimento está na é, não temos a intenção de dizer que haja algum intervalo de
tempo no qual ele deixe de ser gerado, mas queremos dizer que o homem não pode aplicar-se
retamente ao arrependimento se não reconhecer que pertence a Deus. Ora, ninguém
pode concluir que pertence a Deus, a não ser que primeiro tenha reconhecido a sua graça.
Mas estas coisas serão mais claramente deduzidas conforme avançarmos neste estudo.
Ademais, os que inventam nova modalidade de Cristianismo, exigindo do candidato ao
batismo alguns dias de arrependimento antes de ser recebido à comunhão da graça do
evangelho, não têm nenhuma analogia de apoio ao se erro e à sua tolice. Refiro-me a
muitos anabatistas, e principalmente àqueles que gostam de ser chamados espirituais. Mas
essas coisas são frutos produzidos por um certo espírito de cegueira frenética, que ordena
que se exercite o arrependimento uns poucos dias, quando o cristão deve continuar essa
prática durante toda a sua vida.
2. Componentes do arrependimento
Alguns homens sábios, e isso há muito tempo, querendo pura e simplesmente alar
do arrependimento segundo a regra da Escritura, diziam que ele consiste de duas partes,
quais sejam: a mortificação e a vivificação. E interpretavam a mortificação como uma dor e
um terror do coração, forma de sentir que se concebe pelo conhecimento do pecado e pelo
senso do juízo de Deus. Porque, quando alguém é induzido ao verdadeiro conhecimento do
se pecado, começa então a odia-lo e a detesta-lo. Aí ele verdadeiramente se desgosta
consigo mesmo em seu coração, confessa-se miserável e confuso, envergonhado, e aspira a
ser o que não é. E mais, se sente tocado pelo sentimento do juízo de Deus (porque um se
segue imediatamente ao outro), humilhado, aterrorizado e abatido, ele reme, perturbar-se
e perde toda a esperança. Eis ai a primeira parte do arrependimento, que se chama
contrição. Os homens acima citados interpretam a vivificação como uma fortalecedora
consolação produzida pela fé. Isso acontece quando o homem, confuso e envergonhado
pela consciência do seu pecado e atingido pelo temor de Deus, pondo os olhos na bondade
e na misericórdia de Deus, na graça e na salvação que há em Jesus Cristo, reanima-se,
respira, toma coragem, e se sente como pouco menos que retornado a morte à vida.
3. Duas espécies de arrependimento
Outros, vemos na Escritura diferentes nomes para o que estudamos aqui, falam e duas
espécies de arrependimento. E, para distinguir entres elas, a um chamam legal, pela qual o
pecador, angustiado pelo duro castigo imposto ao se pecado, e como que partido ou
quebrado pelo terror da ira de Deus, permanece preso a essa perturbação, sem poder se
desentravar. A outra espécie eles chama de arrependimento evangélico, pelo qual o
pecador, estando lamentavelmente ensimesmado e aflito, não obstante levanta-se e elevase,
abraçando a Jesus Cristo como o remédio para a sua chaga, o consolo para o terror que
o abate, o bom porto para o abrigar em sua miséria. Caim, Saul, Judas [Gn 4.8-16; 1Sm15;
Mt 27.3-5] são exemplos do arrependimento legal. Quando a Escritura nos descreve o
arrependimento deles, ela entende que, depois de conhecerem a gravidade do seu pecado,
temeram a ira de Deus, mas, só pensando na vingança e no juízo de Deus, deixaram-se
dominar por esse pensamento. Portanto, o seu arrependimento não é nada mais nada
menos que o portal do inferno. Nele entrando desde a presente existência, já começaram a
sofrer o peso da ira da majestade de Deus.
4. O arrependimento evangélico
Vemos o arrependimento evangélico em todos aqueles que, depois de feridos pelo aguilhão
do pecado, firmados, porém, na confiança na misericórdia de Deus, voltam a ele. Ezequias
turbou-se, tendo recebido a mensagem de que ia morrer, mas, chorando, orou e,
considerando a misericórdia de Deus, recobrou a confiança [2Rs20.1-11]. Os ninivitas se
apavoraram ante a terrível declaração da sua ruína [Is 37]; mas, cobrindo-se de pano de
saco e de cinzas, oraram, na esperança de que o Senhor mudasse da idéia e se desviasse do
furor da sua ira [Jn 3]. Davi confessou que tinha pecado gravemente quando fez o
recenseamento do povo, mas acrescentou: “Ó Senhor, peço-te que perdoes a iniqüidade do
teu servo” [2Sm 24.10,25]. À repreensão feita por Nata, Davi confessou o crime de
adultério e se prostrou diante de Deus [2Sm12.13], mas igualmente recebeu perdão. Assim
foi o arrependimento dos que, tendo ouvido a pregação de Pedro, confrangeram-se de
coração, mas, confiantes na bondade de Deus, clamaram: “Quem faremos, irmãos?”[At
2.37] Dessa natureza foi também o arrependimento do apóstolo Pedro que “chorou
amargamente” [Lc 22.62], mas não perdeu a esperança.
5. Que é arrependimento?
Embora sejam verdadeira todas estas coisas, e são, todavia, visto que as posso aprender da
própria Escritura, é necessário, por outro lado, entender o que significa arrependimento.
Pois, confundir a fé com o arrependimento é um erro repudiado pelo que diz o apóstolo
Paulo em Atos, quando declara que, diante do juiz de vivos e de mortos, ele vinha
“testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em
nosso Senhor Jesus Cristo” [At 20.21; cf. At 10.42]. Nessa passagem, o apóstolo fala da fé e
do arrependimento como coisas diferentes. E então? O verdadeiro arrependimento pode
subsistir sem a fé: Não. Mas, conquanto não seja possível separá-los, é possível distinguirlos.
Porque, assim como a fé não pode existir sem a esperança, sendo que, contudo, a fé e a
esperança são diferentes, assim também, semelhantemente, o arrependimento e a fé,
embora entretecidos por um laço que não se pode desfazer, melhor será uni-los que
confundi-los.
6. Abrangência do Arrependimento
Não ignoro que, com o nome de arrependimento, abrange-se a conversão completa,
da qual a fé é uma das partes componentes. Mas, quando forem explicadas a natureza e a
propriedade dele, ficará patente em que sentido se diz isso. A palavra hebraica para
significar arrependimento quer dizer conversão; a dos gregos significa mudança de
conselho ou propósito e de vontade e, de fato, a realidade não corresponde mal a esses
vocábulos. Sim, pois, em suma, arrependimento significa que nos retiramos de nós
mesmos e nos convertemos a Deus, e, tendo abandonado a nossa primeira forma de pensar
e de que querer, assumimos uma nova. Por isso, em minha opinião, podemos defini-lo
apropriadamente desta maneira:
7. Definição de arrependimento
O arrependimento é uma verdadeira conversão da nossa vida para servir a Deus e
para seguir o caminho por ele indicado. Procede de um legítimo temor de Deus, não
fingido [Ex 18], e consiste na mortificação da nossa carne e do nosso velho homem, e na
vivificação do Espírito.
Nesse sentido, devem ser tomadas todas as exortações dos profetas e dos apóstolos, pela
quais eles admoestavam os homens do seu tempo concitando-os ao arrependimento.
Porque desejavam levá-los ao ponto em que, estando confusos e envergonhados de seus
pecados, e aflitos pelo temor do juízo de Deus, se humilhassem e se prostrassem diante da
majestade divina por eles ofendida, e adentrassem o reto caminho. Portanto, quando eles
falam em que o pecador deve converter-se e voltar ao Senhor, arrepender-se e comprovar
na prática o seu arrependimento, eles sempre tendem para em mesmo fim. O apóstolo
Paulo e João batista dizem que é preciso produzir frutos dignos de arrependimento,
entendendo que o pecador arrependido deve levar uma vida que mostre e testifique, em
todas as suas ações, a pretendida mudança."

Deus vos abençoe,
Missionária Myllena Carneiro


3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto em negrito, realmente me surpreendeu.

    Já não sei mais se apelos (do tipo que chamam a pessoa a frente) são necessários, acho que na igreja fica e vai quem quer a gente não precisa saber quem já creu ou não através de uma declaração pública isso é algo íntimo.

    Beijo.

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  2. OH GLÓRIA É ISSO AI CRENTE ARREPENDIMENTO...A PALAVRA Q É CHAVE PARA MUITAS VITÓRIAS E CONQUISTAS EM NOME DO SENHOR.

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  3. que Deus te abencoe irma....que Deus te use para pregar a verdade do evangelho e nao enganar as pessoas com ritos evangelicos....
    Deus te abencoe e te de muita sabedoria..
    pois os sabios sao ganhadores de almas...
    lindo adorei....GLORIA A DEUS!

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