quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O andar


O livro de Efésios não apenas nos revela a Economia de Deus, o Seu plano eterno. Deus deu espírito de sabedoria e revelação para Paulo nos mostrar 5 tipos de andar: andar na Graça (Ef 4:1-3, Ef 2:1,5b-7), andar na Verdade (Ef 4:15,17), andar no Amor (Ef 5:2), andar na Luz (Ef 5:8) e andar no Espírito (Ef 5:18).



1. Andar na Graça: é receber algo de Cristo, que será capaz de nos levar a "fazer" o que Ele quer que seja feito. Andar na Graça, de maneira prática, é receber a Sua suficiência para servirmos a Ele (2Co 3:5,6; cfe. Jo 1:14,17);


2. Andar na Verdade: é ter comunhão com o Senhor através da leitura da Bíblia, é receber suprimento da Sua palavra. Dizer que cremos no Senhor, que amamos o Senhor, mas sem conhecê-Lo através da Bíblia, é além de "vaidade", mentira. Portanto, andar na verdade, de maneira prática, é ler a Bíblia (Jo 17:17);


3. Andar no Amor: é, sem dúvida, amar os irmãos. Amar a Deus que não vemos, é amar os irmãos que vemos. Quando o Senhor Jesus, em ressurreição, procurou por Pedro no mar de Tiberíades, disse a Pedro: "Tu me amas? Então apascenta..." Amar o Senhor é apascentar os santos. Logo, andar no amor é amar os irmãos de maneira prática - visitando, telefonando, se preocupando... (1 Jo 4:20);


4. Andar na Luz: é ter comunhão com os irmãos e com Deus. Quando estamos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Tal comunhão nos ajuda a ter a realidade do Corpo, a sensação de que não estamos sozinhos, de que somos um. Ter comunhão é diferente de "comunicar" uma série de coisas que já decidimos fazer, mas é levar à consideração do Corpo se devemos ou não fazer. Andar na luz, portanto, é, em outras palavras, ter comunhão uns com os outros.(1Jo 1:6)


5. Andar no Espírito: é praticar as cinco ferramentas que nos ajudam a estar no espírito mesclado. Embora o apóstolo Paulo tenha mencionado um deles em Ef 5:19, é bom considerarmos que: invocar, orar-ler, falar-cantar, profetizar e ruminar, são as ferramentas práticas para permanecermos no espírito. Logo, andar no espírito é exercitarmos o espírito, invocando o nome do Senhor, orando-lendo a palavra, falando-cantando os hinos, profetizando e ruminando. (Jo 7:38).


O Espírito é maravilhoso, pois nos deu tal revelação objetiva, praticável e que é capaz de produzir uma reação positiva em nós. Ao desfrutar disto, todos nós sentimos a necessidade de andar... andar... andar... andar... e andar... praticando a graça, o amor, a verdade, a luz e o espírito (Mt 7:24).

M.C

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Levita


Muitas vezes, os ministros de louvor e músicos evangélicos são chamados de "levitas". Tal costume não é muito antigo, mas parece que já está se tornando tradição. No Novo Testamento não temos referência a ministros de louvor nem a instrumentistas na igreja. Jesus disse que o Pai procura adoradores (João 4:24). O ensino apostólico, por sua vez, incentiva todos os cristãos a prestarem culto ao Senhor, com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5:18-20; Col 3:16). 

De onde então vem o conceito de "levita"? Tomamos por empréstimo de Israel e do Velho Testamento. Originalmente, "levita" significa "descendente de Levi", que era um dos 12 filhos de Jacó. Os levitas começaram a se destacar entre as 12 tribos de Israel por ocasião do episódio do bezerro de ouro. Quando Moisés desceu do monte e viu o povo entregue à idolatria, encheu-se de ira e cobrou um posicionamento dos israelitas. Naquele momento, os descendentes de Levi se manifestaram para servirem somente ao Senhor (Êx 32:26). Daí em diante, os levitas se tornaram ministros de Deus. Dentre eles, alguns eram sacerdotes (família de Aarão) e os outros, seus auxiliares. Embora os sacerdotes fossem levitas, tornou-se habitual separar os dois grupos. Então, muitas das vezes em que se fala sobre os levitas no Velho Testamento, a referência se aplica aos ajudantes dos sacerdotes. Seu serviço era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto (Números capítulos 3, 4, 8, 18). 

Naquele tempo, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo. Afinal, não havia uma parte musical no culto estabelecido pela lei de Moisés, embora as orações e sacrifícios incluíssem o sentido de louvor, adoração e ações de graças. 

Muito tempo depois, Davi inseriu a música como parte integrante do culto. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (I Sm 16:23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical. Em I Crônicas (9:14-33; 23:1-32; 25:1-7), vemos diversas atribuições dos levitas. Havia então entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (II Crônicas 5:13; 34:12). 

Considerando o paralelo existente entre Israel e a Igreja de Jesus Cristo, podemos até utilizar o nome "levita", embora não sejamos descendentes de Levi. Mas, se queremos assim considerar, então todos os que servem em qualquer ministério podem ser chamados "levitas". O levita é aquele que executa qualquer serviço ligado ao culto. O levita é simplesmente um servo e não alguém que esteja na igreja para ser alvo da glória humana. 

Aqueles levitas, designados por Davi para o louvor, eram liderados por Asafe, Hemã e Jedutum, e tinham a tarefa de PROFETIZAR com harpas, alaúdes e saltérios (I Crônicas 25:1). Nessa época, surgiu a maior parte dos salmos de Israel. Hoje, podemos testificar que aqueles levitas eram mesmo profetas. Por meio deles o Espírito Santo falava ao povo. Além disso, eram mestres no que realizavam (I Cro 25:7). E nós? O que somos? Se quisermos usar o nome de "levitas" precisamos nos dispor para o serviço e para caminhar em direção a um nível de qualidade excelente no ministério.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Suquinho Gástrico






A IURD me impressiona cada dia mais. Não existem exegeses suficientes para detalhar o tamanho das suas heresias. Que Deus tenha misericórdia, tenho certeza que ainda dá tempo de um arrependimento. 

 Panfleto com o *Sangue do Cordeiro* dado a mim :( 
(Detalhe: O sangue que eles dizem ser do cordeiro é um maço de algodão com 'kisuk' de uva)
Vamos descarregar o sachê do 'Kisuk' de uva no estômago e nos livrar da gastrite divina

*SEM COMENTÁRIOS*

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Predestinação

A VERDADE SOBRE A “PREDESTINAÇÃO”
PARTE 1
Existem duas teorias básicas acerca da predestinação: a Calvinista e a Arminiana. A teoria calvinista é assim chamada por causa de João Calvino; e a teoria Arminiana é assim denominada por causa de Armínio, que foi um dos discípulos de Calvino.
O que ensina a doutrina calvinista?
- A salvação é inteiramente de Deus; o homem nada tem a ver com a sua salvação. Deus dá a salvação pra quem Ele quer e está acabado.
- Segundo essa doutrina calvinista, quando uma pessoa se arrepende, é inteiramente pelo poder atrativo do Espírito Santo. Para os calvinistas, a predestinação é o “decreto” de Deus, através do qual Ele decidiu quem seria ou não salvo.
- Os pastores que seguem as teorias de João Calvino, ensinam que Cristo veio, não para morrer por todos, mas para aqueles que fazem parte da Sua Igreja. Estes serão salvos porque foram predestinados para a salvação.
- Os calvinistas afirmam: “Se fosse verdade que Jesus veio para morrer por todas as pessoas, estariamos diante de um Deus impotente, que foi capaz de fazer o sol, a lua, as estrelas, a Terra e os oceanos . . . mas que foi incapaz de salvar o homem”. Ele não salva a todos, porque Ele não veio para todos, mas só para os seus”. Há pessoas a quem Ele não amou porque não eram os seus!
Questionamento: Se Deus dá a salvação para quem Ele quer; se o homem nada tem a ver com a salvação, ou seja, se não depende do homem, por que Deus não salva a todos os homens? A Bíblia diz que Deus deseja que todos os homens se salvem—veja 1 Tm 2:4: “O qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”. Se a Bíblia diz que Deus quer que todos os homens sejam salvos, e se Deus é Onipotente, grande em poder (pode todas as coisas), por que não salva a todos os homens? Se a salvação é um “decreto” de Deus, por que Ele não decretou que todos fossem salvos, se a Bíblia diz que essa é a sua vontade? Fica subentendido, então, que se Deus não salva a todos, é porque nem todos crêem. Isto fortalece a teoria Arminiana. Os arminianos afirmam que a salvação é para todos os que crêem.
O que ensina a teoria Arminiana?
A vontade de Deus é que “todos” os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos os homens.
1 Tm 2:4 - “O qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”.
Tt 2:11 - “Pois a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens”
At 2:21 - “E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”
Rm 5:18 - “Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens, para condenação, assim também por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida”.
2 Pe 3:9 - “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia. Ele é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se”.
Jo 3:16 - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira. . .”
Mt 25:41 - “Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.
1 Jo 2:2 – “Ele é a propiciação pelos nosso pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.
Conclusão: A predestinação tem sido ensinada de acordo com essas duas teorias básicas: O Calvinismo e o Arminianismo. Essas teorias se opõem entre si. Isto acontece devido às formas distintas de se interpretar alguns textos da Bíblia Sagrada. Sabemos, no entanto, que a salvação é pela graça, é dom de Deus, conforme Ef 2:8. Mas cremos que o homem pode resistir a graça de Deus. Exatamente por isso, Deus não salva a todos os homens. Porque a salvação é para aqueles que crêem.
PARTE 2
Já falamos que existem duas teorias fundamentais: o Calvinismo e o Arminianismo. Vimos que essas teorias se opõem entre si; são interpretações distintas da Palavra de Deus, acerca da predestinação.
- Enquanto os Calvinistas ensinam que a predestinação é o decreto de Deus, através do qual Ele escolheu quem seria ou não salvo, os arminianos crêem que quando a Bíblia fala de predestinação, está se referindo à Igreja como um todo. Ou seja, todo aquele que crê, está predestinado à salvação.
- Rm 8:29 - “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.
Vamos compreender melhor este versículo! Primeiramente precisamos esclarecer para quem Paulo estava dizendo essas palavras (veja Rm 1:7 - “A todos os amados de Deus que estais em Roma, chamados para serdes santos”).
- Quando Paulo utiliza essa expressão: “. . . aos que de antemão conheceu. . .”, obviamente está se referindo a um grupo de pessoas; note bem que a expressão está no plural. Paulo está dizendo que Deus, em sua presciência, “conheceu” de antemão que um grupo de pessoas aceitaria a Palavra, e por essa razão, foi predestinado para a salvação. Deus disse em Is 46:10
- “. . . eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam”. O versículo não sugere que Deus “determinou” quem seria ou não salvo, mas que a Igreja como um todo, seria transformada conforme a imagem do Seu Filho. Quem será a imagem do Filho de Deus? A Igreja, lavada no sangue do Cordeiro. Em outras palavras, a Igreja está predestinada para ser conforme a imagem do Filho de Deus.
Exatamente por se tratar da Igreja, Paulo escreveu: “. . . a fim de que seja primogênito entre muitos irmãos”. Jesus é o primogênito da Igreja (o termo primogênito significa: o mais alto dentro de uma hierarquia); por isso Jesus é o primogênito da Igreja.
- Quando Paulo estava preso, escreveu uma carta para a Igreja que estava em Éfeso. Veja o que está escrito em Ef 1:1 - “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus”. Ele estava escrevendo uma carta para os santos de Éfeso. Paulo fez questão de enfatizar que essa carta era para os cristãos que haviam permanecido “fiéis”.
- Agora veja o que ele escreveu em Ef 1:4, 5 - “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade”.
- Paulo era parte da Igreja, por isso usou o plural “. . . nos escolheu . . .”, porque ele era a Igreja, e estava escrevendo para a Igreja. Paulo diz ainda: “. . . assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. Quer dizer, a Igreja foi escolhida “. . . em Cristo . . .” antes da fundação do mundo. No versículo 5 Paulo diz: “. . . nos predestinou para ele . . .” Quem está predestinado para Cristo? A Igreja; Ele comprou a Igreja com o seu próprio sangue. A Bíblia diz que a Igreja é a noiva de Cristo, ou seja, ela está predestinada para o noivo.
- Observe ainda o que Paulo disse no versículo 4 - “. . . assim como nos escolheu nele”. O que isto quer dizer? Isto significa que a Igreja foi escolhida porque ela é o Corpo de Cristo e Cristo é o cabeça da Igreja. Na verdade, quem foi eleito, quem foi escolhido, foi Jesus. A Igreja, como Paulo disse, foi escolhida nEle. Veja o que está escrito em 1 Pe 2:4-6 - “Chegando-vos para Ele, a Pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na escritura: eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nele crer, não será de modo algum envergonhado”.
- Quem é a pedra que vive? A pedra rejeitada? É Jesus! Para Deus, pedra eleita e preciosa! Cristo é que foi eleito! Nós, o Corpo de Cristo, a Igreja do Senhor, somos também eleitos, mas eleitos em Cristo. E eu pergunto: Quem é a Igreja? A Igreja do Senhor são todos aqueles que crêem. Veja o que o apóstolo Paulo fala no final do versículo 6: “. . .eis que ponho em Sião uma pedra eleita e preciosa; e quem nele crer, não será de modo algum envergonhado”.
Então, quando a Bíblia fala de “predestinados”, está se referindo àqueles que foram lavados no sangue de Cristo; predestinados “em Cristo”, como Igreja do Senhor, desde antes da fundação do mundo. Qualquer pessoa pode, então, ser um “predestinado”. Basta crer e confessar a Cristo como Salvador. Por que razão Jesus precisou morrer? Não foi para nos salvar? Salvar a quem? Salvar aqueles que não estavam salvos! Se todos os que deveriam ser salvos já estivessem definidos, Jesus não precisaria morrer! Eles já estavam salvos pelo decreto de Deus! E se a salvação fosse unicamente uma conseqüência do decreto de Deus, por que então Deus não salvou a todos os homens? A Bíblia diz que Ele quer salvar a todos os homens (1 Tm 2:4). Por que é que Deus não salvou a todos? Porque a salvação é para “todos os que crêem”. Então predestinados, são todos aqueles que crêem. Eleitos, são todos aqueles que crêem; eleitos em Cristo, como Corpo de Cristo.
PARTE 3
- Vamos ler 1 Jo 3:10-12 - “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta, que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”.
- A doutrina de João Calvino explica esse texto bíblico da seguinte forma: os “filhos de Deus” são os predestinados para a salvação, enquanto os “filhos do diabo” são destinados à perdição. Segundo os calvinistas, Caim teria nascido destinado à perdição e por isso matou seu irmão Abel. Dizem ainda que em Caim descendem todos os filhos da perdição: Faraó, Judas, Herodes, etc. Segundo essa teoria, existem hoje duas sementes no mundo: a semente do bem e a semente do mal (os predestinados para a salvação e os destinados à perdição).
- Vamos analisar conscientemente, porém, o texto de 1 Jo 3:10-12 destituídos de qualquer preconceito, pedindo ao Senhor que nos dê amplo discernimento da Sua Palavra.
- É óbvio que quando Deus olha para a Terra, vê dois tipos de pessoas: as que estão salvas e as que não estão. Todas as pessoas que crêem e confessam que Jesus Cristo é o Senhor, estão salvas. É exatamente o que diz a Palavra de Deus. Veja o que está escrito em At 2:21 - “E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”. Veja também o que diz o versículo central da Bíblia: Jo 3:16 - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que TODO aquele QUE NELE CRÊ não pereça, mas tenha a vida eterna”. A Bíblia é clara, todo aquele que crê, será salvo. Em Jo 3:18 Jesus disse: “Quem nele crê não é julgado (está salvo); o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”.
Ao contrário do que ensinam os calvinistas, a salvação é simplesmente oferecida a qualquer um que creia. Veja ainda em Rm 10:9,10 - “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação”. Então a salvação é para os que crêem, e qualquer um pode crer. Os calvinistas afirmam que só crêem aqueles que são atraídos pelo decreto de Deus, os chamados predestinados. Isto não pode ser verdade, pois a Palavra de Deus diz em Tt 2:11 que a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens.
A Bíblia ensina em 2 Pe 3:9 que a vontade de Deus é que TODOS venham a arrepender-se, deixando claro que todos podem se arrepender. Como é que Deus iria manifestar o desejo de que todos se arrependessem, se Ele mesmo não tivesse dado esse direito a todos? Se Ele quer que todos se arrependam, é claro que Ele deu esse direito a TODOS. Quando uma pessoa crê, aceita a Palavra de Deus, passa a fazer parte do Corpo de Cristo (Em At 2:41 está escrito:
“Então os que lhe aceitaram a Palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”). E aquele que crê, sendo Igreja do Senhor, está predestinado para a salvação, porque Deus predestinou a Igreja, eleita em Cristo para uma herança eterna.
Paulo disse em Ef 1:4 - “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. Quem foi eleito? Quem foi escolhido? Cristo! 1 Pe 2:4 diz que Jesus é a pedra ELEITA e preciosa. Ele é que foi eleito; a Igreja foi escolhida EM CRISTO porque é o Corpo de Cristo.
- Voltando ao texto de 1 Jo 3:10,12 podemos afirmar conscientemente que os “filhos de Deus” são aqueles que crêem; aqueles que fazem parte do Corpo, aqueles que compõem a Igreja. Esses são chamados “filhos de Deus”!
- 1 Jo 3:10 explica de forma clara quem são os “filhos de Deus e quem são os “filhos do diabo”: “Todo aquele que não pratica justiça, não procede de Deus”; é “filho do diabo”. Quem é “filho de Deus”? Aquele que pratica justiça. Essa justiça significa “vida reta”, que é o resultado da salvação através de Cristo. Pela graça de Deus o cristão age retamente porque segundo Rm 3:22, ele foi feito justo. É como diz 1 Jo 1:7 - Aquele que anda na luz e mantém comunhão uns com os outros, o sangue de Jesus o purifica de todo o pecado; esse é “filho de Deus”.
- Agora vamos compreender conscientemente o que está escrito em 1 Jo 3:12 - “Não segundo Caim, que era do maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”. A teoria de João Calvino utiliza este versículo bíblico para afirmar que Caim matou Abel porque ele era “filho do diabo”.
Segundo os calvinistas, Caim era uma semente má, destinada por Deus à perdição; Caim não teria sido criado para a salvação; ele não era um predestinado como o seu irmão Abel. Os calvinistas usam os dois irmãos para ensinar que cada um deles tinha um destino traçado de antemão pelo Senhor: um seria salvo e o outro não. A despeito do que pensam os calvinistas, como é que nós interpretamos esse versículo? Leia novamente o versículo 12: “Não segundo Caim, que era do malígno. . .” Por que ele era do maligno? O próprio versículo explica: “. . . porque as suas obras eram más”. E se as obras de Caim não fossem más? E se Caim tivesse tido uma outra atitude? É óbvio que aí ele não seria do maligno!
- Os calvinistas afirmam que Caim não tinha outra opção, porque ele já estava destinado à perdição. Eles dizem que o homem não tem livre escolha, mas isso não é verdade. Vamos verificar na própria Bíblia o que Deus disse para Caim ANTES QUE ELE MATASSE A SEU IRMÃO: Veja em Gn 4:6,7 - “Por que andas irado? e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”. Amados, a Bíblia não poderia ser mais clara!
Deus deu a Caim o direito de escolha: se ele procedesse bem, seria aceito; se procedesse mal, seria rejeitado. Deus ainda disse: “. . . o seu desejo será contra ti, mas cumpre a ti dominá-lo”. Quer dizer, a decisão era dele. Cabia ao próprio Caim dominar o seu desejo e ter uma atitude que não desonrasse a Deus. Está claro que Caim poderia ter sido salvo, se tivesse tido uma outra atitude. Note bem, Deus o advertiu antes que ele matasse a seu irmão. Mas qual foi a sua atitude? No versículo 8 a Bíblia diz que Caim matou a seu irmão Abel. E por causa dessa atitude dele, Deus disse no versículo 11: “És AGORA [antes não era], pois, maldito por sobre a Terra”.
Os calvinistas afirmam que ele matou o seu irmão porque não era de Deus. Dizem que o pecado aconteceu porque Caim já era maldito, mas na realidade Caim foi maldito porque pecou. Primeiro veio o pecado, depois a maldição; a maldição veio por causa do pecado, tal como aconteceu com Adão e Eva. Eles foram expulsos do Éden e sofreram maldições, exatamente por causa do pecado. Se ambos não tivessem caído, não teriam sido expulsos.
Mt 25:41 - “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. O inferno não foi preparado para homem algum, senão para o diabo e seus anjos!
PARTE 4
Introdução: Sabemos que os calvinistas ensinam que a salvação é um “decreto” de Deus. Sendo um decreto, não depende do homem. Deus escolhe quem é salvo ou não. Segundo a doutrina de João Calvino, o homem não tem direito de escolha, quando nasce, já nasce predestinado para a salvação ou destinado à perdição. A doutrina arminiana, no entanto, ensina que predestinados, são aqueles que crêem, que aceitam a Palavra de Deus. Segundo os arminianos, o homem tem o direito de escolha (livre-arbítrio).
O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO É UM ENSINAMENTO BÍBLICO:
Toda a mensagem da Bíblia ensina que Jesus veio para salvar os pecadores, e dos pecadores se espera o arrependimento como resposta à chamada divina. Veja o que Pedro disse em At
2:38 - “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo”.
A Bíblia ensina que existe possibilidade de salvação para todas as pessoas:
- Rm 8:32 - “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (O Filho de Deus foi entregue por todos nós).
- Rm 11:32 - “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”.
- Tt 2:11 - “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora (trazendo salvação) a todos os homens”.
- Jo 12:32 - (Jesus disse: “E eu, quando for levantado da Terra (crucificação) atrairei (a quem?) todos a mim mesmo”. Os calvinistas ensinam que somente os predestinados são “atraídos” para cumprirem o decreto de Deus e serem salvos, mas Jesus disse que na crucificação atrairia não a alguns, mas a todos os seres humanos.
- 1 Jo 2:2 - “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. João estava escrevendo para a Igreja do Senhor; mas fez questão de esclarecer: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, mas não é só pelos nossos (da Igreja), mas também pelos pecados do mundo inteiro”.
Se há possibilidade de salvação para todos os seres humanos, fica claro que todos os seres humanos podem vir a crer, desde que tenham vontade. Quem quiser crer, será salvo; porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. Entretanto, quem não crer, está rejeitando a graça de Deus e perde a salvação. O ensinamento bíblico deixa claro que o homem tem direito de escolher o seu caminho, ou seja, Deus deu ao homem o livre-arbítrio.
Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia (capítulo 3), a possibilidade da tentação é uma demonstração de que o homem tinha o direito de escolher entre a obediência e a transgressão. E em Apocalipse, na última mensagem da Bíblia, mais uma vez a Palavra de Deus não deixa dúvidas: o homem tem o direito de escolher o seu caminho. Veja o que está escrito em Ap 22:17 - “Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”.
Desde o primeiro livro da Bíblia, até o último, Deus dá liberdade de escolha para o homem. Os calvinistas afirmam que Caim era uma semente do mal, destinada de antemão à perdição e por isso matou seu irmão Abel. Mas observe o que Deus disse a Caim antes que ele matasse a seu irmão, ou seja, antes que as suas obras fossem más: Gn 4:6,7 - “Por que andas irado? e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta”. Amados, aqui está claro que Caim tinha o direito de opção; Deus disse a ele: Olha, se procederes assim, serás aceito; se procederes assado, o pecado jaz à porta. Deus ainda foi mais claro; Ele disse: “O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.
Caim poderia ter dominado os seus desejos maus! É pura questão de decisão! Veja bem, depois que ele matou o seu irmão, aí Deus disse (v. 11): “És AGORA, pois, maldito por sobre a Terra”. (antes ele não era maldito; a maldição veio porque Deus deu a ele o direito de decisão e ele, fazendo uso desse direito, acabou agindo mal diante de Deus. Ele escolheu fazer o mal). Você não encontra escrito literalmente na Bíblia a expressão “livre-arbítrio”, mas ele está presente em todo o ensinamento bíblico. São fatos que confirmam essa teoria!
A Bíblia ensina que o homem se afastou de Deus voluntariamente, ou seja, porque quis. Veja o que Paulo escreveu em Rm 1:18 - “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”. Voluntariamente os homens detêm a Palavra, detêm a verdade de Deus, preferindo a injustiça. Isto acontece porque eles têm o livre-arbítrio; o direito dado por Deus de deterem a verdade, ou seja, recusarem a graça de Deus.
Todos têm o direito de se arrepender. Veja At 17:30 - “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens, que todos, em toda a parte, se arrependam”. Arrepender significa ter uma outra mente, ou seja, mudar de mente. Raciocine comigo: se Deus não desse o direito de todos se arrependerem, ou seja, o direito de escolha, por que todos seriam convocados ao arrependimento? Se Deus chama a todos, indistintamente, ao arrependimento, fica óbvio que ele dá o direito de todos se arrependerem!
A isto chamamos LIVRE-ARBÍTRIO. Há uma graça geral, dada na cruz, que confere a todos os homens a capacidade de buscarem a Deus, em fé, se assim quiserem fazê-lo. Deus se apresentou diante de todos os homens na cruz; Ele fez tudo quanto é necessário para que todos os homens possam crer, se assim quiserem fazê-lo. Isto é LIVRE-ARBÍTRIO.
PARTE 5
Muita confusão tem sido formada acerca desse assunto por causa do aparecimento das denominações que pregam a teoria de Calvino. Algumas pessoas chegaram a afastar-se da Igreja porque ficaram confusas e desorientadas. Outras abandonaram suas denominações e se aventuraram atrás de uma idéia aparentemente revolucionária; eu tenho ouvido alguns pastores que pregam o calvinismo dizendo-se privilegiados com uma nova revelação de Deus. Um deles chegou a dizer que Deus o tinha escolhido para encabeçar uma nova e última reforma protestante! Isso é um absurdo, uma vez que as doutrinas calvinistas já eram pregadas no 4º século por santo Agostinho.
Na verdade, não há nada de novo, a não ser o fato de que muitos líderes estão à procura de algo novo para aquecer a Igreja. O pior é que alguns deles sequer acreditam no que dizem; pregam o calvinismo como forma de contradizer a maioria das denominações evangélicas. Muitos querem ser diferentes, porque apresentando uma nova mensagem, diferente da grande maioria das Igrejas evangélicas, conseguem atrair a atenção de muitos crentes desatentos e imaturos. Pregam o calvinismo, não porque de fato crêem nele, mas porque querem os seu templos cheios.
Você pode observar, por exemplo, que alguns líderes têm surgido de uns tempos pra cá, pregando todos os dias as doutrinas calvinistas, como se fosse uma grande revelação que Deus deu a eles e somente a eles. Vivem dizendo que as outras denominações estão erradas; vivem dizendo que as outras igrejas estão sob a Lei. Qualquer pessoa mais esclarecida, vai perceber que essa é uma forma disfarçada de dizer para as pessoas: “Olhem, a igreja que vocês frequentam está errada. O pastor de vocês está errado. Eu tive uma grande revelação; venham para a graça de Deus; a graça de Deus está aqui, na minha igreja”!
É por esta razão que precisamos compreender conscientemente essas duas principais doutrinas da predestinação: a calvinista e a arminiana .
Hoje nós iremos analisar as palavras de Paulo em 1 Co 9:27 - “. . . mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. . . ” (algumas traduções dizem “reprovado”).
Os calvinistas dizem que o apóstolo Paulo não estava se referindo à salvação, e sim às suas recompensas, o coroamento celestial por ter completado a sua missão. Os arminianos, no entanto, explicam esse versículo afirmando que Paulo poderia perder a sua salvação, ou seja, ele poderia ser reprovado, caso tivesse uma vida diária negligente, cometendo pecados corporais e morais.
Amados, todo texto bíblico, a princípio, precisa ser analisado dentro do contexto. Vamos ver o que Paulo disse logo no capítulo 10, ou seja, no capítulo seguinte: ele diz que a incredulidade do povo de Israel no deserto, a idolatria e os pecados morais que os israelitas cometeram, acabaram atraindo o juízo de Deus. Paulo diz que a maioria dos israelitas ficaram reprovados e prostrados no deserto. Veja 1 Co 10:1-5. No versículo 6, entretanto, Paulo adverte que essas coisas serviram de exemplo para nós. Para nós quem? Para a Igreja do Senhor, afinal ele estava escrevendo para a Igreja de Corinto. Ele disse em 1 Co 10:14 - “Amados, fugi da idolatria”. Fica claro que Paulo tinha a preocupação de que a Igreja de Corinto agisse tal como os israelitas e, conseqüentemente fosse reprovada. Veja 1 Co 10:11 - “Essas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa. . .”
Advertência de quem? Da Igreja do Senhor. Isto quer dizer que qualquer um que tenha se convertido, pode vir a cair na fé; pode vir a apostatar-se na fé. Veja 1 Co 10:12 - “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia”. Essas são palavras do próprio apóstolo Paulo. Isto nos confirma a idéia de que Paulo admitia a possibilidade da queda do cristão. No versículo 13 ele esclarece mais ainda: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentado além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Então vamos ler mais uma vez o versículo de 1 Co 9:27 - “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo ser reprovado (ou desqualificado)”.
Fica claro que Paulo temia a apostasia; ele disse claramente: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia”. Ora, se precisamos ter cuidado para não cair, é claro que existe a possibilidade de cairmos. Ao contrário do que ensinam os calvinistas, o cristão consciente precisa crer, sim, que a salvação é dom de Deus; é obra da graça de Deus. Mas se caímos da fé, rejeitamos a graça salvadora de Deus, certamente somos reprovados. Prova adicional da possibilidade de perda da salvação encontramos em Gálatas 5:4: De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaíste”.
Fica claro, então, que existe possibilidade de queda para o cristão. Aliás, a própria experiência nos ensina essa verdade: muitos autênticos cristãos acabam olhando para trás e caem da fé. Por isso Pedro escreveu:
“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, foram outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes
o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o
caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviaram-se do santo mandamento que lhes
fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz:
O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao esponjadouro de lama”.
(2 Pe 2:20-22)
Adendo
Extraí o seguinte texto do livro Viver a graça de Deus, escrito pelo Bispo Walter Klaiber e pelo Dr. Manfred Marquardt, da Igreja Metodista da Alemanha.
1. Se somente a eleição e a rejeição de Deus decidem a salvação e a perdição do homem, então carece totalmente de sentido qualquer pregação evangelística e apelo à fé. De fato, uma parte dos ouvintes seria salva, de qualquer maneira, enquanto a outra parte, estaria de qualquer maneira perdida eternamente.
2. A doutrina da dupla predestinação corre o perigo de destruir entre os cristãos a seriedade na busca da santificação e do zelo pelas boas obras; pois, se a graça de Deus opera irresistivelmente, não há motivo para que os cristãos se comportem de forma que não tenham recebido a graça em vão. Esta doutrina destrói, além disso, o conforto da mensagem cristã de que cada homem, certificado pela fé, pode estar seguro de ser amado por Deus e redimido por Cristo.
3.A doutrina da perdição incondicional, que necessariamente resulta da eleição incondicional (que Wesley podia admitir), contradiz a imagem bíblica de Deus, e as afirmações claras da Escritura de que Deus quer que todos sejam salvos pela Graça. Não somente o princípio sola fide ( “somente pela fé”) se torna sem sentido; também o solo Christo perde o seu valor e poder, pois a morte na cruz deixa de ser o ato reconciliador universal de Deus em favor de todos os homens, tornando-se um meio limitado para a execução do decreto decisório de Deus em favor dos eleitos. É justamente a cruz de Cristo que atesta para Wesley a verdade fundamental: The Grace of God . . .  is free in all and free for all (A graça de Deus é livre em todos e livre para todos).
Para Wesley, verdadeira predestinação consiste no seguinte:
“1. Aquele que crê é salvo da culpa e do poder do pecado;
2. Aquele que persevera até o fim será salvo por toda a eternidade;
3. Aqueles que recebem o precioso dom da fé se tornam assim filhos de Deus; e já que são filhos de Deus, receberão o Espírito de santificação que os capacitará a andar como Cristo andou”.

sábado, 31 de outubro de 2009

Calendário Litúrgico Anual Judaico



Calendário Litúrgico Anual

As principais festas judaicas estão associadas ao ciclo da natureza. As comemorações ligadas às primícias, às colheitas transformaram-se em datas de aniversário de acontecimentos da história de Israel.

Dias um e dois de Tishri (Setembro) festejam a criação do Homem, o começo do ano. Também chamado Dia do Julgamento, Deus abre três livros: um para os justos, outro para os iníquos, e outro para os que se desviam desta categorização. Tocam oshoffar convidando os homens a lembrar-se do seu passado, a arrepender-se dos pecados, a penitenciar-se. Durante os festejos, consomem alimentos escolhidos pelo seu simbolismo: comem a cabeça de um animal para viverem o ano com a cabeça; o pão que habitualmente molha em sal, é mergulhada em mel, juntamente com um pedaço de maçã para que o ano novo seja doce. À tardinha, numa cerimónia chamada Tashlich (deitarás fora) deslocam-se a um local (rio, mar, ...) onde haja peixe e atiram-lhes migalhas de pão que representam os pecados.


É a celebração mais solene do calendário judaico. Comemora a dez de Setembro, marca o culminar dos dez dias de penitência iniciados em Rosh Hashaná. Os judeus adultos abstêm-se de comer durante vinte e quatro horas. consagram o tempo à oração , ao ascetismo, ao arrependimento. A liturgia começa com o Kol Nidré: rogam a Deus pelo incumprimento dos votos e promessas feitos durante o ano. Oram também pelos parentes falecidos, ouvem a leitura do Torá, do livro de Jonas. É o dia de reconciliação entre judeus. Devem perdoar-se os males e repará-los.

Oração de Shabat




Ligada à antiga festa das colheitas, celebra-se durante oito dias, entre quinze e vinte e dois de Tishri (Setembro/Outubro). Lembra-te o tempo em que o povo de Israel errou pelo deserto, depois da saída do Egipto. É costume cada família construir uma cabana com ramos e flores, simbolizando a condição nómada do povo hebreu.


É a festa de exaltação da Lei revelada por Deus ao povo escolhido.  É celebrada a quando da leitura da última das 54 secções da Torá. Na Sinagoga há manifestações de alegria; os rolos do livro da Lei são retirados do Arón (armário sagrado) e transportados pelos fiéis em procissão, dando sete voltas em torno do recinto sagrado. Cantam e dançam. Os personagens principais da festa são o hatán Torá (noivo da Lei) e o hatán bereshit (noivo do Génesis), ou seja, os homens da comunidade a quem compete ler a última secção do Deuteronómio e a primeira secção do Génesis. São os noivos, porque afinal a Torá, a Lei, é a esposa do povo de Israel.

Castical com vela. A vela entreladaça simboliza a união com Deus




Tem lugar em Kislev (Novembro/Dezembro) e dura oito dias. Festa das luzes comemora a vitória dos irmãos Macabeus em 165 a.C., sobre Antíoco Epifanes, o governador grego que havia proibido a prática do judaísmo e pretendia helenizar os judeus. Os Macabeus quiseram re-inaugurar o templo judaico  e reacender a menorá (candelabro de sete braços); porém, tinham um só recipiente de óleo kasher (puro). Milagrosamente o óleo que seria suficiente para vinte e quatro horas ardeu durante oito dias, o tempo necessário para o fabrico de óleo adequado. Desde então, em cada casa, vão-se acendendo oito luzes, uma a uma, em cada dia, nas hanukias, candelabros especiais que simbolizam milagre.

Hanukia - Candelabro




Comemora-se aos quinze dias de Shevat (Janeiro/Fevereiro). Festa menor é conhecida como o ano novo das árvores. Depois do Inverno a natureza começa a ressurgir. E os judeus comem frutas, adornam a mesa com flores, entoam cânticos em louvor do renascer da natureza.


Dia catorze de Adar (Fevereiro/Março) tem lugar a celebração de Purim. Lembram a história narrada no livro bíblico de Ester, jovem judia, que ocultou a sua identidade religiosa e encantou o rei persa Assuero. O tio, Mardoqueu, desencadeia a ira de Amã, conselheiro do rei, porque se recusa a prostrar-se à sua passagem.


Entre quinze e vinte e dois de Nissan (Março/Abril), os judeus comemoram a saída do Egipto, liderados por Moisés. Festa do cordeiro, dos ázimos, da Primavera é uma das festividades mais relevantes do judaísmo. É o tempo do reafirmar da consciência judaica. A casa é purificada; todos os utensílios usados para a alimentação são escaldados ou lavados em água corrente. Há famílias que possuem recipientes para usar exclusivamente durante esta festividade. Anualmente é lido o relato da saída do Egipto e o elemento mais novo deve perguntar ao chefe da família: Em que se distingue esta noite? A refeição ritual do Seder  permitirá a explicação. Na mesa  deverá haver lugar para o profeta Elias (cadeira e cálice), vêem-se três Masot(pães sem fermento) relembrando a partida precipitada dos judeus e simbolizando a busca do povo pela liberdade; Um osso de cordeiro representando o sacrifício no Templo; um ovo cozido, mergulhado em água salgada simbolizando o nascimento e a morte, a fugacidade da vida terrena, as lágrimas e os sofrimentos dos judeus; o Maror, ou ervas amargas lembrando a amargura que os antepassados sofreram no Egipto e que todos os escravizados sentem; Harroset, uma pasta feita de frutos secos, figos, tâmaras, canela e mel representando a argila com que os judeus efectuavam as obras do faraó. Ao lado, um recipiente com água salgada e vinagre, no qual se molham as ervas amargas e se recorda a travessia do mar Vermelho, na fuga para a terra prometida. No decorrer da cerimónia, bebem quatro copos de vinho especial e recitam a Hagadá, o relato da saída do Egipto. A Páscoa é, também, o período mais fortemente marcado pela luta de separação entre as fés judaica e cristã. É tempo de definição de linhagens de religiões que se dividiram a partir de uma crença essencial: para os cristãos o Messias é Jesus Cristo, que realizou a sua missão; os judeus continuam a sua espera messiânica pelo reino de Deus, de Paz e de Amor.

Pano Litúrgico utilizado para cobrir os alimentos

Copo de pedra conhecido por copo de Elias

Prato de Seder decorado com a estrela de David






Celebra-se a seis e sete do mês de Sivan (Maio/Junho), sete semanas depois da Páscoa. Festa de colheitas tem um sentido agrícola e comemora a entrega das Tábuas da Lei a Moisés no Monte Sinai. Festa de agradecimento pela benesse das colheitas, na Sinagoga é lido o livro de Rute cujo cenário é a faina agrícola. Entoam cânticos de louvor a Deus por haver outorgado a Lei a Israel.


É o dia mais triste da História Judaica. Data de luto por excelência, situa-se a nove do mês de Av (Julho/Agosto). Um jejum rigoroso lembra os acontecimentos infelizes que ocorreram, nesse dia, em várias épocas. Os hebreus fugidos do Egipto ouvem a proibição de entrar na Terra Prometida; o primeiro e o segundo Templos são destruídos ocasionando a Diáspora; a cidade de Béthar foi tomada pelos romanos em 135. Associaram, por isso, a esta data todas as desgraças que aconteceram ao povo judaico - Inquisição, Perseguições, Nazismo -, bem como a cada judeu. O livro de Lamentações de Jeremias, o livro de Job e os relatos sobre a destruição do Templo são as leituras do dia.


Cerimónias religiosas assinalam as idades da pessoa. Na verdade, "... as fases fisiológicas da vida humana e, acima de tudo as crises e a morte, constituem o núcleo de inúmeros ritos e crenças". É assim com o nascimento, a adolescência, o casamento e a morte.


É um dos preceitos fundamentais do judaísmo. É o mohel (circuncidador) que procede à remoção do prepúcio. Durante a cerimónia, a criança é colocada na cadeira de Elias, o profeta, cuja presença os crentes invocam. O pai, o padrinho (sandak) que segura a criança durante a operação, a mãe, familiares, participam nesta festa que inclui um banquete. Durante a cerimónia é atribuído um nome ao filho.  

Almofada de Circuncisão




Ao atingirem a maioridade religiosa, os treze anos, os jovens devem cumprir todos os preceitos, participar nas cerimónias e integrar o miniám (quórum de dez homens necessários à celebração religiosa). É altura de festa para familiares e amigos. Nesse dia o jovem é chamado para ler a Torá. A bath mishvá (filha do preceito), a cerimónia correspondente para as jovens, não é festejada nas comunidades ortodoxas. Porém aos doze anos a mulher é obrigada a cumprir os mandamentos que lhe estão destinados.


Celebra-se na Sinagoga. Debaixo da hupa (pálio nupcial), que quatro jovens solteiros seguram, colocam-se os noivos. O rabi benze um copo de vinho e dá a beber aos noivos: utilizam o mesmo copo como símbolo da partilha a que se comprometem. Depois o noivo coloca um anel de oiro na mão da noiva, garantia de que irão conviver seguindo a Lei de Moisés. Segue-se a leitura da Ketubá, contrato matrimonial, que especifica as obrigações dos noivos e o dote da noiva. As sete bênçãos são, então, recitadas e, no fim, o noivo parte um copo com o pé, recordando a dolorosa destruição do Templo de Jerusalém. Seguem-se cânticos e música em redor dos noivos até que a alegria e a felicidade transpareçam no rosto de ambos. A festa continua com uma boda oferecida aos convidados.

Ketubá - Contrato de casamento




As comunidades judaicas, quando morre uma pessoa, realizam um ciclo de complexas cerimónias, durante um ano. A purificação inicia-se com a lavagem do corpo e o do homem deve ser envolvido num tallit, xaile de oração,  ao qual se cortou um canto. A sepultura é unipessoal e contém, habitualmente, um pouco de terra de Sião. Feita a inumação do corpo é lida aoração fúnebre - Kadish. Os parentes próximos devem abster-se do consumo de carne e vinho durante sete dias; também não trabalham. Um sinal de luto é usado pelos parentes: um pedaço de pano preto rasgado em cima de uma peça de vestuário. A memória do defunto deve ser honrada com a distribuição de esmolas e orações. Nos trinta dias que se seguem ao falecimento, os familiares não participam em actos festivos. É ainda costume aquando da visita do túmulo, colocarem uma pedra na sepultura.


Tallit - Xaile de oração

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A regeneração e a Renovação do Espírito

..Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,.. (Jo 20.22)

  • Lavagem da Regeneração: Novo Nascimento / Batismo Cristão
  • Renovação do Espírito: Outorga da vida divina / Submissão à Deus
 A regeneração é um dos principais fundamentos da fé. Trata-se de 'Nascimento Espiritual'. É mudança de vida, criação e transformação de uma pessoa. (Jo 3.3)
Pela regeneração, a vida eterna é outorgada ao crente (II Pe 1.4; I Jo 5.11), ele torna-se filho de Deus (Rm 8.16,17; Gl 3.26), é nova criatura (II Co 5.17; Cl 3.10). Não mais aceita o conformismo deste mundo, mas é criado segundo Deus, em verdadeira 'justiça e santidade'. (Ef 4.24)
Mas por que a regeneração é necessária?
Á parte de Cristo, nós seres humanos, por natureza inerente e pecadora, somos incapazes de obedecer a Deus e agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; I Co 2.14)
Para receber essa fundamental essência, é necessário arrepender-se e voltar-se a Deus e colocar sua fé pessoal em Cristo como seu Senhor e Salvador. (Tt 1.12)
Regenerar-se é mudar-se, ou seja, lançar fora a vida velha de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo. Quem nasce denovo não é mais escravo, mas está liberto, e passa a ter desejo e disposição de seguir a direção do Espírito Santo e obedecer a Deus. Vive uma vida de retidão (I Jo 2.29), ama aos demais crentes (I Jo 4.7), evita uma vida de pecado (I Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (I Jo 2.15,16)
Quem é nascido de Deus não deve deixar o pecado tornar-se um hábito em sua vida (NT I Jo 3.9). Jamais será possível nascer denovo sem antes sem ter desejo sincero e esforço para agradar a Deus e evitar o mal, mediante uma comunhão profunda em Cristo e dependentemente do Espírito Santo (Rm 8.2-14)
Aqueles que continuam vivendo nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram denovo (I Jo 3.6,7)
Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar-se ao mal e preferir a iniquidade. (Rm 8.13; Gl 5.19-21)
O nascimento entre Deus e o salvo é questão de Espírito e não de carne. Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra. Nosso relacionamento com Deus é condicionado mediante a fé em Cristo, esta (fé) está demonstrada em uma vida de obediência, amor e sinceridade. (Hb 5.9; II Tm 2.12)
A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressureição não foi o batismo no Espírito Santo, como muitos pregam, como ocorreu no dia de pentecostes. Era a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressuretosaruva e permeava os discipulos.
O que acontece neste fato é o cumprimento da promessa feita por Cristo antes da sua paixão e crucificação (Jo 14.17) "habita convosco, e estará em vós". Jesus agora cumpre aquela promessa.
Na frase 'assoprou sobre eles, em Jo 20.22, infere-se que trata-se de sua regeneração. A palavra grega traduzida por 'soprou' (emphusao) é o mesmo verbo usado na septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde Deus "soprou em seus narizes [de adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente".. É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9. "assopra sobre estes mortos para que vivam". O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que Jesus estava lhes outorgando o Espírito a fim de neles produzir nova vida e criação. Isto é, assim como Deus soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura, assim também agora, Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas. Mediante a sua ressureição, Jesus tornou-se em 'espíri
to vivificante'.
O imperativo 'Recebei o Espírito Santo', estabelece o fato que o Espírito, naquele momento histórico, entrou de maneira direta nos discipulos, para neles habitar. A forma verbal de receber está no auristo imperativo 'lambano' que denota um ato único de recebimento. Este 'recebimento' da vida pelo Espírito Santo antecede a autorga da autoridade de Jesus para eles, bem como o batismo no Espírito Santo, pouco depois do dia de pentecoste.
Antes dessa ocasião os discípulos eram verdadeiros crentes, mas ainda estavam no antigo concerto, eles não eram completamente regenrados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressureição de Cristo. Foi também nessa ocasião e não no pentecoste, que a igreja nasceu, uma nova ordem espiritual assim como no príncipio Deus soprou sobre o homem até então inerte para de fato torna-lo criatura vivente na ordem material.
Esas suasa obras distintas do Espírito Santo na vida dos discipulos de Jesus são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes receberam o Espírito Santo ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo com Espírito Santo para receberem poder para serem Sua testemunhas (At 1.5,8; 2.4)

Mylle Carneiro
Shalom..

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Culturas Judaicas








ROSH HASHANÁ
Festa do Ano Novo
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Quando:

Rosh Hashaná acontece nos 1º e 2º dias de Tishri (setembro) com o início do ano hebraico.

O que é: 

Rosh Hashaná é a festa do ano novo judaico, que representa uma pausa para a reflexão e um fervoroso retorno ao Criador, a quem o homem judeu se apresenta para ser julgado por seus atos e intenções. Além disso, simboliza o começo da criação, quando D'us criou o mundo e se instituiu seu rei.

A cada Rosh Hashaná, o judaísmo coroa o seu rei, Criador do Mundo, anunciando isso com o soar do Shofar - instrumento sonoro utilizado para expressar alegria - símbolo central do Rosh Hashaná. Ao seu toque, desperta-se a necessidade da comunhão entre irmãos, o retorno à fé e a D'us, além de conduzir cada indivíduo para um exame de consciência.

O Rosh Hashaná é um período de grandes festas, reflexões, de conservar e transmitir ensinamentos às gerações mais jovens. É o momento de se consolidar o estilo de vida judaico, por meio de suas tradições e de sua religião. A idéia de que D'us é o rei tem um efeito moral, com respeito ao indivíduo, e um efeito nacionalista, com respeito a todo o povo judeu.






YOM KIPUR






Quando:

Yom Kipur acontece no 10º dia do mês Tishri (setembro ou outubro).

O que é: 

Yom Kipur é o dia do perdão, que acontece no último dos dez dias de penitência e é marcado pelo jejum de 24 horas, pela meditação e aproximação com D'us.

Neste dia, realizam-se confissões sobre faltas cometidas, penitências e se promete não cometer mais erros. Além disso, é a oportunidade que cada judeu tem para estender a mão ao inimigo, esquecer ofensas e enfrentar o Tribunal de D'us.

Durante o Yom Kipur, o ato de jejuar ajuda a concentrar energias para os atos de fé e serve para sentir o sofrimento dos que passam fome e sede por falta de recursos.






SUCOT
Festa das Cabanas






Quando:

Sucot ocorre do 14º ao 22º dias do mês Tishri (geralmente outubro).

O que é:

O Sucot inicia-se cinco dias após o Iom Kipur e representa dias de alegrias. Durante oito dias, a Sinagoga é enfeitada e perfumada com vegetação natural enquanto, nas casas, monta-se um caramanchão com plantas e frutas que representam a Sucá (cabana) - um templo portátil onde os judeus revivem a forma de vida e as habitações de seus antepassados, durante a travessia entre o deserto e a Terra Prometida.

Como a Festa de Sucot coincide com a estação das colheitas em Israel, D'us é enaltecido não só pelas orações como também pelo uso dos frutos da terra. Todas as manhãs são levadas à sinagoga quatro espécies de plantas, cada uma com uma simbologia:

Etrog - cidra: possui aroma e paladar e simboliza a pessoa perfeita, inteligente e de bom coração.
Lulav - palmeira: tem fruto, mas não possui sabor, como as criaturas vaidosas que têm inteligência, mas não as transmite a ninguém.

Hadas - mirta: oferece aroma, porém é sem sabor, como as pessoas humildes que, apesar de não possuírem cultura, são prestativas e boas.

Arava - salgueiro: sem perfume nem paladar, mas resistente a intempéries, representa os indivíduos teimosos que não possuem inteligência e não se esforçam para melhorar.






SIMCHAT TORÁ
Festa da Torá






Quando:

Simchat Toráé realizada no 23º dia de Tishri (geralmente outubro).

O que é:

A Simchat Torá (alegria da Torá) marca o último dos oito dias de Sucot e se comemora o término do ciclo de leitura anual da Torá - cinco livros de Moisés que, semanalmente são lidos em pequenos trechos.

A Torá é considerada o guia e a proteção dos filhos de Israel, que os acompanha durante todas suas agruras e peregrinações. Em Simchat Torá, os rolos sagrados são retirados das arcas e carregados com emoção, por sete vezes, ao redor da sinagoga, em meio a danças e cantos entoados em hebraico e em outros idiomas (dependendo da congregação).

Tradicionalmente, a cada presente é concedida a graça de abraçar os rolos, enquanto as crianças pequenas seguem os homens, durante as voltas, com bandeiras de papel, ou maçãs com velas acesas fincadas em seu centro, entusiasmadas e transmitindo a felicidade de viver.






CHANUCÁ
Festa das Luzes






Quando:

Chanucá é realizado durante oito dias, a partir do 25º dia de Kislev (novembro ou dezembro).

O que é:

No dia 25 de Kislev (dezembro), no ano 165 antes da era comum (a.c.), Yehudá Macabí, perante uma assembléia solene do povo, reconsagrou o Templo de Jerusalém no Monte Sion e acendeu as lâmpadas da grande Menorah (candelabro sagrado) com o azeite puro de uma pequena jarra que daria apenas para um dia. Milagrosamente, sua chama permaneceu acesa durante oito dias, tempo suficiente para a produção do novo azeite e serviu para demonstrar a bondade e o amor eterno de D'us para com o seu povo.

O momento marcou a reinauguração do Templo que foi semi-destruído e profanado pelos gregos e Yehuda decretou que, todos os anos na mesma data, os judeus deveriam festejar o Chanucá (inauguração, em hebraico) durante oito dias. O Chanucá não é apenas uma comemoração solene, mas também um festival de regozijo, que faz o povo lembrar o triunfo de seus antepassados, na luta por liberdade e pela identidade judaica, com canções de exaltação e agradecimento.

Sobre o Chanucá, a história do azeite que durou oito dias é contada para aqueles que preferem acreditar no sentido mágico dos fatos. Para aqueles que procuram respostas racionais, celebrar o Chanucá é constatar de que não há poder sobre a Terra capaz de esmagar o espírito livre e progressista do homem.






PURIM
A vitória do bem sobre o mal.






Quando:

A Purim é realizada nos 14º e 15º dias de 
Adar (geralmente março).

O que é:

Nos dias 14 e 15 de Adar, comemora-se a vitória do bem sobre o mal, lembrando o período de 465 (a.c), na Babilônia já conquistada pela Pérsia, quando o povo judeu foi ameaçado de extermínio pelo Primeiro Ministro do Rei Assuerus (Xerxes), Haman.

O Livro de Ester (Meguilat Ester) - uma das mais queridas histórias bíblicas e base da festa de Purim - relata o plano de Haman e como os judeus foram salvos por Ester, uma rainha judia, orientada por seu tio Mordechai. Juntos, conseguem interceder diretamente com o rei, estragando o plano diabólico de Haman, destruindo-o junto com sua família e outros inimigos do Povo Judeu.

A Festa de Purim é o reconhecimento pela libertação e nesses dias o Livro de Ester é lido na Sinagoga. Na verdade, o Livro de Ester tem uma mensagem para toda a humanidade. Alerta contra o mal, que é o preconceito e suas conseqüências: perseguição, sofrimento e infelicidade. Ao mesmo tempo, transmite a esperança da vitória do bem.






PESSACH
Saiba mais sobre a Festa da Liberdade.






Quando:

Pessach é festejado entre os 14º e 22º dias de Adar II ou Nissan (março ou abril).

O que é:

Pessach (em hebraico - passar por cima, poupar) é uma festa judaica de origem bíblica, que tem duração de oito dias - fora de Israel. O Pessach marca o nascimento dos judeus como povo há mais de três mil anos, comemora a libertação dos filhos de Israel da escravidão - sob a liderança de Moisés e a busca pela Terra Prometida - além da negação do antigo sistema e modo de vida egípcio. Assim, festeja-se a liberdade espiritual juntamente com a liberdade física. As leis da Torá sobre Pessach são mandamentos Divinos que também ajudam a vivenciar essa liberdade.

A festa também carrega um significado agrícola, já que marca o início do período de colheita na Terra de Israel. O antigo povo de pastores e agricultores comemorava, nessa época, a chegada do momento mais festivo da natureza, que era o início da colheita de cevada e a entrega do ômer - parte da cevada era ofertada a D'us no segundo dia de Pessach. Era um momento de alegria para este povo que vivia em íntimo contato com a terra, de onde extraíam a subsistência.

Em suma, comemorar o Pessach é expressar o amor à liberdade, valor judaico tradicionalmente preservado. É esse amor que fortalece os vínculos dos descendentes dispersos do povo que sempre acreditou na vitória sobre a tirania.






YOM HAATZMAUT
Dia da Independência







Quando:

Yom Haatzmaut é comemorado no 5º dia de Iyar (abril ou maio - 14 de maio de 1948).

O que é:

O Iom Haatzmaut celebra a criação do Estado de Israel pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que, em 2006, completa 58 anos de existência.

Israel é hoje um Estado peculiar por conciliar, de maneira equilibrada, quatro mil anos de história a um país moderno e independente. A mesma terra por onde caminharam o patriarca Abraão, o Rei David, Jesus e os Profetas, é onde estão, hoje, os pioneiros em transforma os desertos em terras férteis, destacando-se nas descobertas científicas e tecnológicas e nas criações artísticas e culturais.

Um país que dá o mesmo peso ao passado e ao futuro e faz do presente o elo de gerações de um povo que fez da volta ao lar o seu objetivo. É Israel, do alto de seus 58 anos de alegrias e tristezas, de conquistas e perdas, de guerras e paz, de exemplos de vida e de dedicação, de divergências e de convivência. É Israel que todos os anos se lembra do dia 14 de maio de 1948, quando um brasileiro, o embaixador Oswaldo Aranha, presidiu a histórica sessão das Nações Unidas que votou, em 29 de novembro de 1947, a criação do Estado de Israel.






YOM HASHOÁ
Dia do Holocausto






Quando:

Yom Hashoá é relembrado no 27º dia de Nissan (geralmente abril).

O que é:

O Yom Hashoá relembra a insurreição e a morte de mais de 50 mil judeus que, durante 28 dias, realizaram um levante, no Gueto de Varsóvia, sob o lema "é melhor morrer lutando".

O que parecia ser o fim transformou-se no início de uma nova luta, de retomada pela dignidade e pela preservação de um povo: a luta pelo direito a Israel, conquistado em 1947. A consciência de que a experiência do sofrimento e perseguição nazista, a perda de seis milhões de judeus e a resistência de 1500 homens contra o mais poderoso exército do mundo, na época, deixaram a marca da lembrança e o compromisso com as futuras gerações: Holocausto nunca mais!

Em 1993, os judeus de várias partes do mundo lembraram da insurreição de mais de 500 mil pessoas na Polônia, durante a 2ª Guerra Mundial e realizaram cerimônia pelos 50 anos do levante do Gueto de Varsóvia, para homenagear seus heróis e para que os horrores dos tempos nazistas não se repitam!

Em Yom Hashoá é lembrada a morte de seis milhões de judeus vítimas do holocausto praticado pelos nazistas.






SHAVUOT
Festa da Colheita






Quando:

Shavuot é celebrado entre o 6º e 7º dias de Sivan (maio ou junho).

O que é:

A Shavuot (Pentecostes) ocorre sete semanas e um dia após a colheita da cevada, isto é, 50 dias depois do primeiro dia de Pessach, daí ter se tornado intimamente ligada a esta festa. O Talmud considera Shavuot uma festividade que encerra o Pessach, e até se refere a ela pelo nome de Atséret, que significa "conclusão".

Trata-se de uma das Festas de Peregrinação, junto com Pessach (Páscoa) e Sucot (Tabernáculos). Na época do Templo, estas festividades eram celebradas em Jerusalém, à qual chegavam judeus de todas as partes de Israel e dos países vizinhos, especialmente para comemorar a ocasião. Shavuot era conhecida como Festa das Semanas (Chag ha-Shavuot), Festa das Primícias (Chag ha-Bicurim) e Festa da Colheita (Chag ha-Catsir). Cada um destes nomes é um reflexo da natureza agrícola da festa, que era celebrada no fim da primavera, quando era realizada a nova colheita de trigo e se oferecia um sacrifício especial de agradecimento no Templo.

Atualmente, nos serviços religiosos de Shavuot na sinagoga, lê-se o Livro de Ruth (Ruth é a mulher moabita cuja lealdade ao Judaísmo se tornou notória). No final do século XIX, o Judaísmo reformista introduziu a Cerimônia de Confirmação no serviço de Shavuot. Nas congregações reformistas, conservadoras e até mesmo em algumas ortodoxas, esta é uma ocasião em que as meninas e os meninos, geralmente com idades entre treze e dezesseis anos, confirmam sua lealdade ao modo de vida judaico.






TISHÁ B´AV - 9 DE AV
O povo judeu lamenta a perda de sua soberania e o exílio da Terra Santa






Quando:

Tishá B´Av acontece no 9º dia de Av (julho ou agosto).

O que é:

Durante o Tishá B´Av realiza-se um dos grandes dias de jejum no Calendário Judaico, quando o Povo Judeu lamenta a data das destruições do Primeiro e do Segundo Templos, a derrota da fortaleza de Betar, a expulsão dos judeus da Espanha, o início das deportações dos judeus do Gueto de Varsóvia e a conseqüente perda da soberania e exílio da Terra Santa.

O Tishá B' Av é o ponto culminante do período de três semanas de luto, cujos nove últimos dias são mais intensos, com o cumprimento de vários costumes similares aos praticados em época de luto pela perda de pessoas próximas. Estas três semanas começam no dia 17 de Tamuz, dia em que Jerusalém teve o acesso às fontes de água bloqueadas durante o cerco e Moisés quebrou as primeiras Tábuas da Lei quando desceu do Monte Sinai, após quarenta dias, para encontrar o povo idolatrando o Bezerro de Ouro.

A prática tradicional inclui a leitura do Livro das Lamentações (Kinot), jejum de 25 horas e privação de confortos e contato físico. Em Jerusalém, centenas de pessoas se dirigem ao Kotel, o Muro Ocidental e único remanescente do Segundo Templo para lembrar sua destruição e rezar por redenção. Restaurantes e locais de entretenimento são fechados na véspera do dia e só reabrem na manhã do dia seguinte. O Tisha beav é interpretado por seu significado religioso e também por sua importância histórica, já que representa a perda da soberania nacional judaica na Terra de Israel, mesmo entre as pessoas que optam por não jejuar.


Deus abençoe a todos! 
Myllena Carneiro